A TODAS as Associações e Movimentos Portugueses que defendem e promovem o bem estar animal,
A Associação Portuguesa de Direitos dos Animais - A.P.D.A., vem por este meio solicitar a vossa colaboração, para uma manifestação a nível nacional, a realizar dia 11 de Dezembro de 2010, às 11h da manhã.
O objectivo desta manifestação nacional, a realizar em frente às Câmaras Municipais, é alertar as pessoas em geral para o que se passa em Portugal, e, sobretudo, reivindicar o fim do abate em Canis Municipais, esterilização obrigatória, assistência veterinária aos animais que estejam doentes nos canis, instalações dignas, alimentação adequada incluindo fins de semana, colaboração com as Associações locais na assistência, acompanhamento e adopção dos animais.
Sabemos que Castelo Branco é um exemplo, Torres Novas excelente, Seixal funciona muito bem, Sintra vai fazer novo canil, etc.
As Associações Locais são as que melhor podem identificar os problemas existentes no respectivo Concelho.
Pedimos a todas as Associações e Movimentos que apoiem esta manifestação, porque todos queremos defender os nossos amigos animais, e acabar com a barbárie que ainda existe em Portugal. Temos todos os mesmos objectivos. Vamos lutar por eles em conjunto, sem bairrismos ou protagonismos. Vamos lutar pelos nossos amigos, que tanto nos dão!
A nível nacional nunca se fez nada. Para exercermos pressão junto dos órgãos competentes, temos que ser muitos. Esforços dispersos ou não dão resultado, ou são muito mais lentos na sua eficácia.
O Código Civil tem que ser alterado. Os animais não são coisas, são seres sencientes. Senciência é a "capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade", e foi reconhecido pela CEE, tendo Portugal subscrito o documento.
Temos que acabar com o abate em todos os canis ou centros de recolha municipais.
A esterilização dos animais abandonados ou recolhidos tem que ser obrigatória.
Os veterinários municipais têm que ser médicos, como muitos são, e não verdugos, como infelizmente conhecemos alguns casos. Assistência médica sim, assassínio não.
Instalações e alimentação adequadas nos canis municipais, incluindo fins de semana.
Colaboração das Câmaras com as respectivas Associações locais.
Companheiras e companheiros de luta vamos unir-nos? Quaisquer dúvidas serão imediatamente respondidas por e-mail ou telefone. Todas as sugestões serão muito bem vindas.
Agradecemos a vossa disponibilidade.
Um grande Bem Haja a todos.
Ana Paula Cruz
(Fundadora da Associação)
917303358
02 dezembro, 2010
18 novembro, 2010
Pink - Raise Your Glass
Já estreiou na MTV o novo clipe da Pink, feito para o single Raise Your Glass. Faz parte da coletânea que será lançada pela cantora em 16 de Novembro. Pink aproveitou o novo vídeo para criar polêmica e criticar tudo aquilo que ela considera injustiça. Vestida como Rosie The Riveter, o ícone estadunidense das mulheres trabalhadoras do período da Segunda Guerra Mundial, Pink protesta, entre outras coisas, contra a supervalorização do físico e maus tratos a animais. O vídeo mostra uma vaca bebendo leite extraído de várias mulheres e um toureiro sendo torturado como acontece com os animais durante as touradas.
Évora - Ex-alunos de Veterinária revelam experiências com cães enviados pelo canil municipal
Ex-alunos de Veterinária revelam experiências com cães enviados pelo canil municipal
Esterilizações, castrações, simulações de cesarianas e anestesias. A todas estas práticas foram sujeitos animais saudáveis enviados pelo canil municipal para a Universidade de Évora e servirem de "cobaias" a alunos do curso de Medicina Veterinária. Depois, eram abatidos.
A situação, ilegal e que viola todos os diplomas que regulam os direitos dos animais, arrasta-se há vários anos, mas só agora foi denunciada ao JN por vários ex-estudantes e actuais veterinários que se mostraram indignados com o recente abate de sete cães no canil, cinco dos quais com processo de adopção em curso.
Os relatos são feitos na primeira pessoa, mas quase todos os autores pedem o anonimato por se tratar de um meio pequeno e da ligação que os une às instituições visadas. "No meu primeiro ano do curso foi utilizada uma cadela para a parte da prática da disciplina de Anestesiologia. Todos os dias, de segunda a sexta-feira, aquele animal foi anestesiado e acordado. Até que no último dia foi abatido", refere uma aluna. No segundo ano, o cenário piorou, com cães a serem "abertos para aprendermos como se retira órgãos, como o baço. Por ser demasiado cruel, não voltei às aulas".
Cesarianas em não grávidas
Situações confirmadas por uma ex-aluna do mesmo curso e que agora exerce numa clínica em Évora. "Cheguei a simular cesarianas em cadelas que não estavam grávidas e retirei órgãos, como o útero e os ovários". Tudo isto "em animais vivos e sem doenças".
Do Sabugal chega o depoimento de Ana Lúcia, a única veterinária que não teme represálias. Em Maio pagou 700 euros por uma formação em Ecografia na Universidade de Évora (UE), de onde saiu "absolutamente chocada". Recorda terem sido utilizados pelo menos três animais vivos e sem doenças nas aulas práticas e que no final eram eutanasiados. "Estavam cheios de pulgas e carraças. Alguns colegas até foram picados. Uma cliente minha queria adoptar uma cadelinha, mas não foi permitido. As ordens eram expressas, qualquer cão que entrasse no Hospital Veterinário era para ser abatido. Não podia salvar todos, mas ao menos uma poderia ter sobrevivido", recorda.
Ao que o JN apurou, os animais que são enviados para a UE permaneceram no canil pelo menos durante oito dias, prazo a partir do qual a lei define que passam a ser "propriedade" da autarquia. Várias fontes garantem que "a saída é feita de forma regular". Entre as duas instituições existe um protocolo assinado "há cerca de seis ou sete anos" mas que, segundo o responsável do Hospital Veterinário, "apenas para incineração de cadáveres".
Confrontado com as várias acusações que contrariam esta afirmação, José Tirapicos Nunes começou por dizer que as desconhecia "em absoluto" para, pouco tempo depois, admitir que "possam ter ocorrido algumas situações pontuais de exames feitos em animais vivos". Ainda assim, fez questão de frisar que "não houve qualquer sofrimento infligido aos animais, uma vez que todos foram anestesiados". Por outro lado, "o veterinário municipal já tinha decidido que iam ser abatidos. A única diferença é que foram eutanasiados na universidade e não no canil", remata.
Duas ilegalidades
Advogada e sócia de diversas associações de defesa dos animais, Alexandra Moreira diz estarem a ser cometidas "pelos menos duas ilegalidades. Os animais não podem ser utilizados para fins didácticos nem cedidos pelos canis a outros que não sejam particulares ou associações zoófilas".
O presidente da autarquia, José Eduardo Oliveira, remeteu explicações para o veterinário municipal. Às acusações, António Flor Ferreira respondeu assim: "Estou a conduzir e a trabalhar desde as 5 da manhã. Já fechei a loja". Depois, desligou o telemóvel.
Fonte: DN
Évora - Câmara abre inquérito para averiguar funcionamento do canil municipal
Évora, 18 nov (Lusa)
O presidente da Câmara de Évora revelou hoje à Lusa que abriu um inquérito para averiguar o funcionamento do canil municipal e apurar eventuais responsabilidades, após denúncias mútuas entre o responsável do serviço e duas veterinárias.
José Ernesto Oliveira disse, contudo, desconhecer o caso hoje avançado pelo Jornal de Notícias de que cães vivos do canil foram usados como cobaias por alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora e que depois eram abatidos.
O autarca indicou apenas a existência de um protocolo entre a Câmara e a universidade para a incineração de cadáveres, como o caso de cães vítimas de atropelamento na via pública.
A Lusa tentou esta manhã obter esclarecimentos da universidade de Évora mas até ao momento ainda não foi possível.
O inquérito aberto pela câmara, segundo José Ernesto Oliveira, baseia-se nas denúncias mútuas sobre o funcionamento do canil entre o veterinário municipal e duas veterinárias que trabalham no serviço.
"O confronto interno atinge proporções cada vez mais graves", reconheceu o autarca, assegurando que o inquérito, a desenvolver pelo departamento jurídico do município, vai ser concluído "o mais rápido possível".
Depois, adiantou, "a câmara tomará medidas, segundo as conclusões do inquérito, não excluindo a instauração de procedimentos disciplinares.
Para a próxima segunda-feira está prevista uma manifestação em frente aos Paços do Concelho como forma de exigir a demissão do veterinário municipal, António Flor Ferreira, alegadamente responsável pelo "abate ilegal" de sete cães no canil.
A ação de protesto "nasceu" em várias redes sociais na Internet, depois de ter sido divulgado um e-mail enviado pelas duas veterinárias do canil à Câmara de Évora a denunciar "ilegalidades" alegadamente cometidas naquele espaço, entre as quais o "abate ilegal" de sete cães.
Também em declarações à Lusa, na terça-feira, o veterinário municipal de Évora refutou as acusações de ter promovido um "abate ilegal" de sete cães, garantindo que agiu em conformidade com a lei e disse estar a ser vítima de "calúnias".
"Estes animais já estavam há 60 dias no centro de recolha oficial (...) e não estavam dados para adoção, porque quem decide a adoção sou eu e ninguém me deu conhecimento que havia pessoas interessadas", disse, na altura, António Flor Ferreira.
Ana Azinheira, uma das promotoras da manifestação, contrapôs na quarta-feira que os animais em causa "estavam com os processos de adoção finalizados" e especificou que "já estavam assinados os despachos pelo veterinário municipal em como [os cães] estavam autorizados a sair". "Faltava, simplesmente, os donos irem levantá-los", pormenorizou.
MLM(SYM).
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Fonte: Agência LUSA
O presidente da Câmara de Évora revelou hoje à Lusa que abriu um inquérito para averiguar o funcionamento do canil municipal e apurar eventuais responsabilidades, após denúncias mútuas entre o responsável do serviço e duas veterinárias.
José Ernesto Oliveira disse, contudo, desconhecer o caso hoje avançado pelo Jornal de Notícias de que cães vivos do canil foram usados como cobaias por alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora e que depois eram abatidos.
O autarca indicou apenas a existência de um protocolo entre a Câmara e a universidade para a incineração de cadáveres, como o caso de cães vítimas de atropelamento na via pública.
A Lusa tentou esta manhã obter esclarecimentos da universidade de Évora mas até ao momento ainda não foi possível.
O inquérito aberto pela câmara, segundo José Ernesto Oliveira, baseia-se nas denúncias mútuas sobre o funcionamento do canil entre o veterinário municipal e duas veterinárias que trabalham no serviço.
"O confronto interno atinge proporções cada vez mais graves", reconheceu o autarca, assegurando que o inquérito, a desenvolver pelo departamento jurídico do município, vai ser concluído "o mais rápido possível".
Depois, adiantou, "a câmara tomará medidas, segundo as conclusões do inquérito, não excluindo a instauração de procedimentos disciplinares.
Para a próxima segunda-feira está prevista uma manifestação em frente aos Paços do Concelho como forma de exigir a demissão do veterinário municipal, António Flor Ferreira, alegadamente responsável pelo "abate ilegal" de sete cães no canil.
A ação de protesto "nasceu" em várias redes sociais na Internet, depois de ter sido divulgado um e-mail enviado pelas duas veterinárias do canil à Câmara de Évora a denunciar "ilegalidades" alegadamente cometidas naquele espaço, entre as quais o "abate ilegal" de sete cães.
Também em declarações à Lusa, na terça-feira, o veterinário municipal de Évora refutou as acusações de ter promovido um "abate ilegal" de sete cães, garantindo que agiu em conformidade com a lei e disse estar a ser vítima de "calúnias".
"Estes animais já estavam há 60 dias no centro de recolha oficial (...) e não estavam dados para adoção, porque quem decide a adoção sou eu e ninguém me deu conhecimento que havia pessoas interessadas", disse, na altura, António Flor Ferreira.
Ana Azinheira, uma das promotoras da manifestação, contrapôs na quarta-feira que os animais em causa "estavam com os processos de adoção finalizados" e especificou que "já estavam assinados os despachos pelo veterinário municipal em como [os cães] estavam autorizados a sair". "Faltava, simplesmente, os donos irem levantá-los", pormenorizou.
MLM(SYM).
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Fonte: Agência LUSA
17 novembro, 2010
Susi - Por José Saramago
Susi
Por José Saramago
Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.
Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?
Por José Saramago
Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.
Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?
15 novembro, 2010
Canil Municipal de Évora
15/11/10
"Horror e ilegalidades no Canil Municipal de Évora".
(Texto recebido por mail. A idoneidade de quem me enviou não me deixa duvidas quanto à veracidade da situação)
Nota: Reportagem na SIC, no telejornal das 13h, hoje (http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Primeiro+Jornal/2010/11/edicao-de-15-11-2010-2-parte-bancos-fiscalizados-concentracao-da-seleccao-nacional15-11-2010-152411.htm.) Minuto 4.10.
O Canil Municipal de Évora dirigido pelo veterinário municipal, Dr. Flor Ferreira, está a ser palco de abusos vários e de ilegalidades, em desrespeito pelas duas veterinárias que aí exercem funções e pelo bem-estar e integridade dos animais alojados no canil.Segundo foi apurado, no dia 12 de Novembro, as duas veterinárias em causa, Dr.ª Leonor Quítalo e Dr.ª Ana Margarida Pereira, enviaram à Câmara Municipal de Évora um comunicado pelo qual denunciaram uma série de situações abusivas que ocorrem no Canil Municipal de Évora.Nesse comunicado, referem que, graças ao trabalho realizado por ambas de divulgação dos animais para adopção, esta cresceu exponencialmente, atingindo o número de 100 adopções no corrente ano, quando, em anos anteriores, as adopções rondavam os 20 animais por ano.Apesar disso, queixaram-se as referidas veterinárias que sofrem constantemente a pressão do veterinário municipal, Dr. Flor Ferreira, o qual elabora semanalmente listas de animais para abater, sob pretexto de os mesmos não poderem permanecer mais de um mês no Canil, devido aos custos associados à sua manutenção, o que não é exacto, porquanto, segundo também referem, o custo do abate é bastante superior aos custos com a alimentação.Mais referem que, tendo em conta que recorrem ao Canil Municipal pessoas de todo o país para adoptar animais, as mesmas vinham facilitando, sempre que possível, a entrega do animal fora do horário de funcionamento do Canil, concretamente, após as 16 horas e ao fim de semana.No final de Outubro de 2010, porém, o Dr. Flor Ferreira comunicou-lhes que estavam proibidas de aceder à zona de alojamento dos animais a partir das 16 horas, apesar de o horário de trabalho se estender até às 17h30.Nessa sequência, a porta vem sendo encerrada por um dos funcionários às 16 horas, o qual depois fica na posse da chave.Por outro lado, não é permitido às duas referidas veterinárias prestar qualquer tipo de assistência a um animal depois de encerrada a porta.Igualmente estão proibidas de entregar qualquer animal para adopção a partir das 16 horas e aos fins-de-semana, inclusive ao Sábado de manhã em que estão ao serviço uma veterinária e um funcionário do canil.Para além disso, todos os funcionários estão proibidos de deixar entrar qualquer pessoa no interior do canil, o que inviabiliza a adopção dos gatos que se encontram no gatil, para além de outros cães para adopção que se encontrem alojados no interior do canil sem visibilidade do exterior.Acusam, ainda, o veterinário municipal, Dr. Flor Ferreira, de ter proibido quaisquer tratamentos aos animais alojados, incluindo desparasitação e vacinação dos animais destinados à adopção, sendo unicamente vacinados contra a raiva e desparasitados contra a equinococos, o que é feito no momento em que saem do canil.A situação descrita, segundo as duas veterinárias, conduz a que possam ser adoptados pela população animais portadores de doenças com carácter zoonótico, ou seja, transmissíveis ao ser humano.As descritas práticas, acusam, contrariam seriamente a função do médico veterinário municipal, de protecção da saúde pública, e o Decreto-lei nº315/2003 de 17 de Dezembro, que exige a existência de um plano de profilaxia médica e sanitária para os animais alojados.As duas veterinárias descrevem, por fim, um incidente ocorrido na passada quarta-feira, dia 10 de Novembro, dia em que o Dr. Flor Ferreira abateu, ele próprio, 7 cães, 3 dos quais com processos de adopção em fase final, e 2 em fase inicial.Quando confrontado com a situação, referem, disse apenas que os animais não poderiam ficar mais de um mês no canil e que por isso tinham que ser abatidos. Isso apesar de o canil não se encontrar sequer cheio.Segundo uma fonte que não se quis identificar, o descrito acto ocorreu após a realização de uma reunião no dia 9 de Novembro, à qual o Dr. Flor Ferreira compareceu na qualidade de veterinário municipal para discutir a forma de implementar, em Évora, a Campanha pela Esterilização (CNE), representada por quatro senhoras pertencentes ao Grupo de Évora dessa Campanha.Durante essa reunião, e perante a proposta de esterilização de gatos errantes, à semelhança do que vem sendo praticado por diversas câmaras municipais ao abrigo do art.º 21º do DL nº315/2003 acima citado, o referido veterinário municipal manifestou-se contrário a tal prática, que considera “ilegal”, adiantando que as câmaras que o fazem “estão a cometer ilegalidades”.As representantes da CNE manifestaram, ainda, indignação face ao número elevado de abates no canil de Évora (cerca de 500 animais por ano, segundo adiantaram) e face à proibição de adopções de cães a residentes em apartamentos imposta por aquele veterinário municipal, o que, no entendimento das mesmas, reduz consideravelmente as possibilidades de adopção e é atentatório do princípio da igualdade e do direito à adopção.Após a realização da referida reunião, durante a qual se exaltou diversas vezes e afirmou que “lhe custava ter que abater animais”, o Dr. Flor Ferreira foi encontrado, no dia seguinte, no canil, de seringa na mão, tendo abatido os referidos sete cães, cinco dos quais em processo de adopção.O incidente descrito está a gerar uma onda nacional de protestos, nomeadamente, através da Internet e das redes sociais (Facebook), dirigidos à Ordem dos Médicos Veterinários e à Câmara Municipal de Évora, entre outras entidades.Aguarda-se que a Câmara Municipal de Évora e as demais entidades se pronunciem sobre a situação e que actuem no âmbito das suas competências legais.
Mas enquanto se aguarda, não esquecer, enquanto se aguarda, muito provavelmente continuará a exterminação de animais decidida e imposta pelo senhor em questão.
"Horror e ilegalidades no Canil Municipal de Évora".
(Texto recebido por mail. A idoneidade de quem me enviou não me deixa duvidas quanto à veracidade da situação)
Nota: Reportagem na SIC, no telejornal das 13h, hoje (http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Primeiro+Jornal/2010/11/edicao-de-15-11-2010-2-parte-bancos-fiscalizados-concentracao-da-seleccao-nacional15-11-2010-152411.htm.) Minuto 4.10.
O Canil Municipal de Évora dirigido pelo veterinário municipal, Dr. Flor Ferreira, está a ser palco de abusos vários e de ilegalidades, em desrespeito pelas duas veterinárias que aí exercem funções e pelo bem-estar e integridade dos animais alojados no canil.Segundo foi apurado, no dia 12 de Novembro, as duas veterinárias em causa, Dr.ª Leonor Quítalo e Dr.ª Ana Margarida Pereira, enviaram à Câmara Municipal de Évora um comunicado pelo qual denunciaram uma série de situações abusivas que ocorrem no Canil Municipal de Évora.Nesse comunicado, referem que, graças ao trabalho realizado por ambas de divulgação dos animais para adopção, esta cresceu exponencialmente, atingindo o número de 100 adopções no corrente ano, quando, em anos anteriores, as adopções rondavam os 20 animais por ano.Apesar disso, queixaram-se as referidas veterinárias que sofrem constantemente a pressão do veterinário municipal, Dr. Flor Ferreira, o qual elabora semanalmente listas de animais para abater, sob pretexto de os mesmos não poderem permanecer mais de um mês no Canil, devido aos custos associados à sua manutenção, o que não é exacto, porquanto, segundo também referem, o custo do abate é bastante superior aos custos com a alimentação.Mais referem que, tendo em conta que recorrem ao Canil Municipal pessoas de todo o país para adoptar animais, as mesmas vinham facilitando, sempre que possível, a entrega do animal fora do horário de funcionamento do Canil, concretamente, após as 16 horas e ao fim de semana.No final de Outubro de 2010, porém, o Dr. Flor Ferreira comunicou-lhes que estavam proibidas de aceder à zona de alojamento dos animais a partir das 16 horas, apesar de o horário de trabalho se estender até às 17h30.Nessa sequência, a porta vem sendo encerrada por um dos funcionários às 16 horas, o qual depois fica na posse da chave.Por outro lado, não é permitido às duas referidas veterinárias prestar qualquer tipo de assistência a um animal depois de encerrada a porta.Igualmente estão proibidas de entregar qualquer animal para adopção a partir das 16 horas e aos fins-de-semana, inclusive ao Sábado de manhã em que estão ao serviço uma veterinária e um funcionário do canil.Para além disso, todos os funcionários estão proibidos de deixar entrar qualquer pessoa no interior do canil, o que inviabiliza a adopção dos gatos que se encontram no gatil, para além de outros cães para adopção que se encontrem alojados no interior do canil sem visibilidade do exterior.Acusam, ainda, o veterinário municipal, Dr. Flor Ferreira, de ter proibido quaisquer tratamentos aos animais alojados, incluindo desparasitação e vacinação dos animais destinados à adopção, sendo unicamente vacinados contra a raiva e desparasitados contra a equinococos, o que é feito no momento em que saem do canil.A situação descrita, segundo as duas veterinárias, conduz a que possam ser adoptados pela população animais portadores de doenças com carácter zoonótico, ou seja, transmissíveis ao ser humano.As descritas práticas, acusam, contrariam seriamente a função do médico veterinário municipal, de protecção da saúde pública, e o Decreto-lei nº315/2003 de 17 de Dezembro, que exige a existência de um plano de profilaxia médica e sanitária para os animais alojados.As duas veterinárias descrevem, por fim, um incidente ocorrido na passada quarta-feira, dia 10 de Novembro, dia em que o Dr. Flor Ferreira abateu, ele próprio, 7 cães, 3 dos quais com processos de adopção em fase final, e 2 em fase inicial.Quando confrontado com a situação, referem, disse apenas que os animais não poderiam ficar mais de um mês no canil e que por isso tinham que ser abatidos. Isso apesar de o canil não se encontrar sequer cheio.Segundo uma fonte que não se quis identificar, o descrito acto ocorreu após a realização de uma reunião no dia 9 de Novembro, à qual o Dr. Flor Ferreira compareceu na qualidade de veterinário municipal para discutir a forma de implementar, em Évora, a Campanha pela Esterilização (CNE), representada por quatro senhoras pertencentes ao Grupo de Évora dessa Campanha.Durante essa reunião, e perante a proposta de esterilização de gatos errantes, à semelhança do que vem sendo praticado por diversas câmaras municipais ao abrigo do art.º 21º do DL nº315/2003 acima citado, o referido veterinário municipal manifestou-se contrário a tal prática, que considera “ilegal”, adiantando que as câmaras que o fazem “estão a cometer ilegalidades”.As representantes da CNE manifestaram, ainda, indignação face ao número elevado de abates no canil de Évora (cerca de 500 animais por ano, segundo adiantaram) e face à proibição de adopções de cães a residentes em apartamentos imposta por aquele veterinário municipal, o que, no entendimento das mesmas, reduz consideravelmente as possibilidades de adopção e é atentatório do princípio da igualdade e do direito à adopção.Após a realização da referida reunião, durante a qual se exaltou diversas vezes e afirmou que “lhe custava ter que abater animais”, o Dr. Flor Ferreira foi encontrado, no dia seguinte, no canil, de seringa na mão, tendo abatido os referidos sete cães, cinco dos quais em processo de adopção.O incidente descrito está a gerar uma onda nacional de protestos, nomeadamente, através da Internet e das redes sociais (Facebook), dirigidos à Ordem dos Médicos Veterinários e à Câmara Municipal de Évora, entre outras entidades.Aguarda-se que a Câmara Municipal de Évora e as demais entidades se pronunciem sobre a situação e que actuem no âmbito das suas competências legais.
Mas enquanto se aguarda, não esquecer, enquanto se aguarda, muito provavelmente continuará a exterminação de animais decidida e imposta pelo senhor em questão.
Acerca dos ursos há 5 anos fechados numa jaula - Bloco de Esquerda Questiona Ministério do Ambiente
A deputada Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, questionou hoje o Ministério do Ambiente sobre a falta de actuação do ICNB perante a situação de três ursos que aguardam há cinco anos para serem transferidos de um atrelado de um camião para um local apropriado para o seu acolhimento. Desde 2005 que três ursos-pardos, apreendidos ao circo Magic e ainda a viver à sua guarda em jaulas sem condições, em Marco de Canavezes, aguardam que o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) efectue a sua transferência para um local adequado. O ICNB está há cinco anos sem tomar uma decisão sobre esta transferência, apesar do Parque Biológico da Lousã e do Jardim Zoológico de Lisboa já se terem disponibilizado para receber os animais e os Serviços de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA-GNR) para participar no seu transporte.Agora, em resposta à indignação da população e associações de protecção animal, o ICNB limitou-se a dizer que “ainda não há uma previsão” para a transferência dos três ursos, “porque se trata de um processo muito complexo”, havendo “outras questões que precisam de ser preparadas”. O Bloco de Esquerda não compreende a morosidade deste processo, já que a apreensão destes animais selvagens deveria motivar uma resposta célere para os colocar em locais adequados, assegurando a sua protecção e bem-estar. Existindo locais disponíveis para os receber, com condições de acolhimento e tratamento melhores que o local actual e com serviços de apoio técnico e veterinário, não entendemos as reservas do ICNB para avançar com a transferência. Além disso, parece que não tem sido realizado qualquer acompanhamento de proximidade do ICNB em relação a estes animais, já que no local onde estão há 5 anos não são cumpridas condições mínimas de alojamento e alimentação.
Perguntas colocadas ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território:
1. Como justifica o Ministério que animais selvagens apreendidos há 5anos estejam desde então à espera que o ICNB prepare a sua transferência para local adequado,não existindo ainda qualquer previsão para a sua concretização?
2. Que procedimentos está o ICNB a tomar para que esta transferência se
realize sem mais demoras?
3. Qual o acompanhamento que o ICNB tem feito a estes animais no local
onde estão depositados? Porque motivo não estão garantidas as condições mínimas de
alojamento e alimentação,conforme expressas na legislação de bem estar animal?
4. Que medidas vai o Ministério adoptar para que estes casos não se repitam, garantindo uma resposta
célere aos animais selvagens que são apreendidos pelas autoridades?
Palácio de São Bento,
15 de Novembro de 2010.
A Deputada
Rita Calvário
10 novembro, 2010
Levado para o canil de Lx, a pedido da "dona"
Era uma vez...
um rapaz que como se sentia sozinho (provávelmente porque não fazia sucesso entre as mulheres), decidiu adoptar um cão bebé. Passados uns tempos, conheceu uma Rameira na internet e, depressa decidiram viver juntos, na casa dele. Essa Rameira sempre embirrou com o cão dele -que é um doce- e notava-se bem que ele a temia. Inclusive, ela chegou a ser repreendida por uma vizinha por lhe bater (aparentemente, quando o manso não estava em casa).
A Rameira engravidou, pariu e... chamou o canil municipal de Lisboa. Alegou perante o canil 3 coisas (alergia do filho; já não ter condições para o manter; o cão estar doente), o que por si só, já mostra que nenhum dos motivos apresentados é o verdadeiro. No fundo, ela só queria livrar-se dele.
Este cão, que viveu desde bebé numa casa, com o dono que -até há uns tempos- gostava dele e o tratava bem, está desde hoje no inferno que é o canil municipal de lisboa!
Sei que isto acontece dezenas de vezes por todo o lado mas, este eu conheço-o e, se já achava que ele não estava como merecia, agora está bem pior!
Não consigo obter fotos dele. Ele é preto com mancha bege no peito e é porte médio, terá uns 5 anos.
A quem puder ajudar este cão, por favor, contacte-me! 912 444 152
um rapaz que como se sentia sozinho (provávelmente porque não fazia sucesso entre as mulheres), decidiu adoptar um cão bebé. Passados uns tempos, conheceu uma Rameira na internet e, depressa decidiram viver juntos, na casa dele. Essa Rameira sempre embirrou com o cão dele -que é um doce- e notava-se bem que ele a temia. Inclusive, ela chegou a ser repreendida por uma vizinha por lhe bater (aparentemente, quando o manso não estava em casa).
A Rameira engravidou, pariu e... chamou o canil municipal de Lisboa. Alegou perante o canil 3 coisas (alergia do filho; já não ter condições para o manter; o cão estar doente), o que por si só, já mostra que nenhum dos motivos apresentados é o verdadeiro. No fundo, ela só queria livrar-se dele.
Este cão, que viveu desde bebé numa casa, com o dono que -até há uns tempos- gostava dele e o tratava bem, está desde hoje no inferno que é o canil municipal de lisboa!
Sei que isto acontece dezenas de vezes por todo o lado mas, este eu conheço-o e, se já achava que ele não estava como merecia, agora está bem pior!
Não consigo obter fotos dele. Ele é preto com mancha bege no peito e é porte médio, terá uns 5 anos.
A quem puder ajudar este cão, por favor, contacte-me! 912 444 152
27 outubro, 2010
Cavalos sem comida, água ou abrigo, em Pinheiro de Loures!
(E-mail enviado às autoridades*, após a denúncia inicial via telefone, dia 23.10.1010)
Exmos. Senhores,
em anexo, envio fotos e acrescento mais uns factos que consegui apurar junto de alguns moradores, após o telefonema para o Sepna: Estes animais (5 ou 6) estão sempre assim, sem abrigo, água ou comida (salvo em alturas que exista algum pasto que cresça no terreno que, como poderão perceber, nem é considerado suficientemente fértil para alimentar aqueles animais todos. Vi os animais a comer, e algumas fotos atestam isso mesmo, uns arbustos secos e com picos, como, também, poderão confirmar.
Disseram-me também que, há pouco tempo morreram 2 ou 3 cavalos que haviam conseguido saltar a vedação, em busca de comida, do outro lado da estrada. Como essa zona também não tem pasto, terão acabado por morrer, por falta de comida. Isto é abominável! Se não podem ter, não têm. Se os querem ter, têm de lhes fornecer o mínimo para que sobrevivam!
Para além dos animais não terem qualquer tipo de identificação (grande falha na legislação, o não obrigarem o chip em cavalos pois seria dissuasor de muitos roubos...), estão num terreno que não pertence aos supostos donos -de etnia cigana, segundo várias pessoas afirmaram-. Apesar da nossa legislação ser extremamente pobre no que diz respeito aos animais, há aqui duas coisas a ter em conta: o facto dos animais não terem identificação e, o estarem em terrenos de outrem, logo, terão de ser considerandos abandonados. Aliás, mesmo tendo dono, mas estando em situação deficiente no que diz respeito a estas 3 necessidades básicas, é considerado, abandono. Se esta etnia sabe pedir e exigir direitos, as autoridades têm de lhes começar a exigir, sem medos, que cumpram a lei.
Sei que é complicado gerir a retirada de animais deste porte mas, nestas condições é que não poderão continuar. Existem abrigos, centros pedagógicos e, até, particulares que aceitam animais deste porte. O importante é que eles estão a morrer à fome e sede, para além de não terem um local onde se possam proteger das intempéries.Apesar das imensas lacunas na legislação animal, certamente não terei de vos lembrar todas as infracções que estão a ser cometidas contra estes animais.
O importante é evitar mais casos como o da semana passada no algarve, onde ainda morreram 2 cavalos ou, como aconteceu no passado ano, na Figueira da Foz: http://cantinhoplosanimais.blogspot.com/2009/09/ha-cavalos-morrer-de-abandono-na. Todos eles têm em comum o total desprezo pelos direitos e necessidades dos animais, e o facto de pertencerem a pessoas de etnia cigana.
O local mesmo por baixo da ponte, mesmo antes da pastelaria "O Rebuçado" (R.Combatentes do Ultramar 6-A Pinheiro de Loures)
Qualquer esclarecimento adicional, por favor, queiram contactar-me.
A resposta a esta denúncia, poderá ser feita para o meu email.
Melhores cumprimentos,
Sofia Gaspar
912 444 152
* Autoridades a quem enviei o e-mail. Peço-vos que enviem também:
SEPNA
SEPNA 2
veterinaria@mail.telepac.pt,
dirgeral@dgv.min-agricultura.pt,
secretariado.direccao@dgv.min-agricultura.pt,
pinafonseca@dgv.min-agricultura.pt,
ramador@dgv.min-agricultura.pt,
agoncalves@dgv.min-agricultura.pt,
pinacio@dgv.min-agricultura.pt,
geral@cm-loures.pt,
damb@cm-loures.pt,
gmvm@iol.pt,
info@animal.org.pt,
geral@partidopelosanimais.com
26 agosto, 2010
Gato é adoptado por macaco selvagem na Indonésia
25 de Agosto de 2010
Esta não é a primeira vez que um caso como este acontece, mas ainda sim impressiona. Recentemente, um macaco selvagem, tomado por seu instinto de protecção, resolveu adoptar um gatinho que encontrou na floresta onde mora, em Bali, Indonésia.
Segundo informações do site do tablóide inglês The Sun, Anne Young, uma fotógrafa amadora, conseguiu registar imagens dos animais. Ela estava passando as férias no Parque Floresta dos Macacos, em Bali, e ficou encantada com a cena que presenciou.
Como se não bastasse o carinho do primata, Anne conta que o macaco tentou esconder o gatinho do assédio dos turistas que começaram a tirar fotos dos dois. “Eu fiquei muito surpresa com a cena, já que o macaco é selvagem, não era um animal doméstico”.
Ainda segundo a fotógrafa amadora o animal é macho, o que não o impediu de proteger o gatinho como se fosse sua mãe. “Quando eu me aproximei do gato para fotografa-lo, o macaco ficou agitado e colocou uma folha no rosto do animal na tentativa de esconde-lo da minha vista”.
Para finalizar Anne conta que observou a dupla por cerca de 30 minutos e nesse período o macaco não deixava outros machos se aproximarem e constantemente fazia carinhos no gatinho, que respondia dando lambidas no pai adoptivo.
Fonte: PetMag
16 agosto, 2010
Itália Multas pesadas para quem abandone animais feridos
11-08-2010 | Animais
Itália
Multas pesadas para quem abandone animais feridos
Fartos da insensibilidade que caracteriza muitos automobilistas que atropelam animais e os deixam feridos na beira da estrada, muitas vezes num sofrimento atroz até à morte, as autoridades italianas decidiram aumentar drasticamente as multas a esses condutores, na esperança que isso altere a sua atitude em relação aos animais que são vítimas de atropelamento.
As multas não se destinam unicamente àqueles que atropelam os animais, mas também a quem se prove ter tido conhecimento de que havia um animal ferido na estrada e não contactou as autoridades ou os bombeiros da região. Os valores variam entre os 390 e os 1560 Euros para quem atropelar um animal e lhe negar auxílio e de 75 a 310 Euros por omissão de socorro, para aqueles que, não sendo intervenientes directos no atropelamento, avistem um animal em sofrimento e não o socorram nem informem as autoridades.
Estas novas coimas fazem parte do novo código da estrada italiano, o Codice della Strada que vai entrar em vigor brevemente e que foi votado numa das últimas sessões do parlamento italiano, antes de os deputados irem para férias.
Mas não ficam por aqui as alterações, no que respeita a animais, na nova legislação. Pela primeira vez vai ser permitida a utilização de sinalização de marcha de urgência - sirenes e luzes rotativas - a veículos de socorro que transportem animais feridos.
Este é um passo importante que, certamente, não vai só por si resolver a questão dos animais vítimas de acidentes na estrada, mas pode ser importante para que os automobilistas olhem de outra forma esta questão.
Quem já comentou a aprovação destas novas leis foi a presidente do Ente Nazionele Protezione Animale, Carla Ronchi, que considerou que «a introdução na legislação da obrigação de atender animais feridos é um passo de civilidade
Itália
Multas pesadas para quem abandone animais feridos
Fartos da insensibilidade que caracteriza muitos automobilistas que atropelam animais e os deixam feridos na beira da estrada, muitas vezes num sofrimento atroz até à morte, as autoridades italianas decidiram aumentar drasticamente as multas a esses condutores, na esperança que isso altere a sua atitude em relação aos animais que são vítimas de atropelamento.
As multas não se destinam unicamente àqueles que atropelam os animais, mas também a quem se prove ter tido conhecimento de que havia um animal ferido na estrada e não contactou as autoridades ou os bombeiros da região. Os valores variam entre os 390 e os 1560 Euros para quem atropelar um animal e lhe negar auxílio e de 75 a 310 Euros por omissão de socorro, para aqueles que, não sendo intervenientes directos no atropelamento, avistem um animal em sofrimento e não o socorram nem informem as autoridades.
Estas novas coimas fazem parte do novo código da estrada italiano, o Codice della Strada que vai entrar em vigor brevemente e que foi votado numa das últimas sessões do parlamento italiano, antes de os deputados irem para férias.
Mas não ficam por aqui as alterações, no que respeita a animais, na nova legislação. Pela primeira vez vai ser permitida a utilização de sinalização de marcha de urgência - sirenes e luzes rotativas - a veículos de socorro que transportem animais feridos.
Este é um passo importante que, certamente, não vai só por si resolver a questão dos animais vítimas de acidentes na estrada, mas pode ser importante para que os automobilistas olhem de outra forma esta questão.
Quem já comentou a aprovação destas novas leis foi a presidente do Ente Nazionele Protezione Animale, Carla Ronchi, que considerou que «a introdução na legislação da obrigação de atender animais feridos é um passo de civilidade
14 maio, 2010
Tourada em Moscovo não se realiza (Fantástico!)
http://www.publico.pt/Sociedade/tourada-em-moscovo-nao-se-realiza_37444
Promotor confirma cancelamento de corridas à portuguesa
Tourada em Moscovo não se realiza
Não vai haver tourada à portuguesa em Moscovo, confirma hoje a Direcção Geral dos Espectáculos da Rússia. Ao contrário da vontade da organização, as corridas previstas para 8 e 9 de Setembro não vão realizar-se porque o autarca moscovita as considera "algo degradante, decepcionante, primário e pornográfico".
O toureiro Vítor Mendes, um dos promotores da iniciativa, disse à Lusa que as autoridades russas consideraram ainda as touradas à portuguesa "um incitamento à violência", pelo que decidiram retirar a autorização para a realização das corridas.
O organizador e toureiro referiu que agora "há que apurar prejuízos e pedir responsabilidades por esta mudança de posição até porque há documentação que autoriza a realização das corridas". Já foram vendidos dez mil bilhetes para as corridas, co-organizadas por Vítor Mendes e pela Academia Russa de Espectáculos.
O cancelamento das corridas de touros em Moscovo surge na sequência de protestos da Igreja Ortodoxa Russa e de várias organizações europeias de defesa dos direitos dos animais que, afirmou Vítor Mendes, "desenvolvem uma campanha muito bem organizada contra as touradas".
Promotor confirma cancelamento de corridas à portuguesa
Tourada em Moscovo não se realiza
Não vai haver tourada à portuguesa em Moscovo, confirma hoje a Direcção Geral dos Espectáculos da Rússia. Ao contrário da vontade da organização, as corridas previstas para 8 e 9 de Setembro não vão realizar-se porque o autarca moscovita as considera "algo degradante, decepcionante, primário e pornográfico".
O toureiro Vítor Mendes, um dos promotores da iniciativa, disse à Lusa que as autoridades russas consideraram ainda as touradas à portuguesa "um incitamento à violência", pelo que decidiram retirar a autorização para a realização das corridas.
O organizador e toureiro referiu que agora "há que apurar prejuízos e pedir responsabilidades por esta mudança de posição até porque há documentação que autoriza a realização das corridas". Já foram vendidos dez mil bilhetes para as corridas, co-organizadas por Vítor Mendes e pela Academia Russa de Espectáculos.
O cancelamento das corridas de touros em Moscovo surge na sequência de protestos da Igreja Ortodoxa Russa e de várias organizações europeias de defesa dos direitos dos animais que, afirmou Vítor Mendes, "desenvolvem uma campanha muito bem organizada contra as touradas".
11 maio, 2010
Matando animais incómodos. Carta aberta (Hospital Veterinário Principal)
Com a aproximação do verão verifica-se o agravamento de um fenómeno preocupante que pode ser encarado como uma mudança, não para melhor, da nossa sociedade.
Mas, para de tal falar,cabe fazer um curto parêntesis.
Até ao fim dos anos 80 era normal o abandono dos animais com a aproximação da época balnear. Era comum ver-se à beira das estradas os cães confusos a olhar para o vazio à procura dos seus donos que os tinham despejado do carro, no seu caminho para o Sol do Algarve.
Nos anos 90 tornou-se comum o abandono em clinicas veterinárias ( uma evolução portanto) dos animais. O alijamento era feito no seguimento de uma hospitalização ou ainda entrando subrepticiamente nas clinicas e pedindo a alguém se segurava o cão enquanto “ia estacionar o carro”.
Acabando o parêntesis cumpre seguir com o discurso original.
Com o fim da primeira década do Século XXI a aproximar-se do seu término, surgiu uma nova forma de abandono, considerada porventura mais “humana” pelos seus perpetradores. O Abate misericordioso.
Esta nova modalidade resume-se em ir a um centro de atendimento médico veterinário e solicitar o abate do seu cão ou gato tout court. Falamos de animais saudáveis que em muitos casos nunca foram observados por um médico-veterinário, nem sequer para a vacinação obrigatória por lei.
As razões ? Variam. Vão desde a pessoa que desespera porque o cão não se cala e os vizinhos queixam-se, não fazer as necessidades no local e na altura considerada devida, ao cão que rosna ao marido, ao cão estar doente e não ter dinheiro para cuidar do animal ou ainda a melhor de todas as justificações...”por não ter tempo e não achar justo abandoná-lo” (sic).
A solução? Abata-se.
O médico recusa-se dizendo que o animal está saudável ? Recorre-se à chantagem psicológica. “Se não o abate tenho de o deixar no meio da rua”.Como se esta afirmação co-responsabilizasse o clinico pelo acto indigno que o dono se propoe fazer ao animal que paciente abana a causa ao seu lado.
Este abate é moralmente mais apelativo do que o abandono puro e simples para o dono e é desgastante para o médico-veterinário que tem de explicar a sua recusa ao próprietário do animal indignado, como se quem estivesse errado fosse o clinico. A verdade é que o abate de animais não é um serviço per si. Nenhum médico-veterinário estuda, tem como objectivo ou faz com prazer abates de animais saudáveis.
Nem seria considerado justo, honesto ou aceitável uma pessoa ir com um seu familiar idoso a um médico de pessoas dizer “abata o meu pai que está velho”.
A questão primordial é que o médico-veterinário não é um carrasco dedicado a abates de animais simplesmente porque o dono do animal o deseja. A função do médico veterinário é tratar os animais doentes o melhor que puder e souber, ajudar os animais a usufruirem de uma vida mais longa e com qualidade de vida, defender a saúde pública, ter um papel activo na prevenção e controlo de zoonoses, e eutanasiar em situações limite como sejam de sofrimento constante e não aliviável ,os animais doentes.
Animais com problemas comportamentais podem ser ajudados, desde que haja vontade dos donos:Grande parte dos casos de animais que causam disturbios em casa ou que são dominantes são-nos por exclusiva responsabilidade do dono que o não sabe controlar, que tem um animal sem querer dispensar algum tempo por dia ou que o encara como um acessório e não como um ser vivo passível de sentir dor e angústia.
Deve recorrer em tempo útil ao médico-veterinário que o pode ajudar e inclusivé se necessário indicar um processo de treino ou de reeducação e apoio terapêutico em casos mais graves.
Lamentávelmente vemos as pessoas recorrerem a vizinhos, amigos, automedicação, ou seja, a quem não sabe nem pode solucionar e muitas vezes contribui para agravar o caso até o tornar irresolúvel. E é só então que decide recorrer a quem deveria ter apelado primeiro, mas para uma tarefa indigna. Não se resolveu. Abata-se.
Não é para isso que existe a profissão de médico-veterinário, nem existe imperativo legal que force ao abate por capricho de animais saudáveis.
Esse serviço, de abate por conveniência de animais saudáveis, não existe na nossa lista de serviços, e continuará a não existir.
Publicada por HospitalVet em 22:15
09 maio, 2010
04 maio, 2010
Para que os animais não sofram mais do que já estiver sofrendo na hora da morte
Recebi através de E-mail e, porque me parece uma questão bastante pertinente, aqui fica:
Infelizmente, em muitas situações onde há extremo sofrimento do animal por causa de alguma doença incurável, faz-se necessário a eutanásia (somente quando há sofrimento e a doença for incurável). Mas, precisamos tomar cuidado para evitar um sofrimento maior ainda para o animal no momento da eutanásia.
Alerto a todas as pessoas que amam os animais e que tem animais em suas residências ou abrigos para que a eutanásia seja feita sem que o animal seja transportado para outro lugar. O ideal é que seja chamado um veterinário para aplicar a anestesia geral e depois a injecção letal no próprio local onde o animal estiver. Os bichinhos quando sentem que vão morrer, querem morrer no cantinho deles. Levá-los a uma clínica ou, pior, ao CCZ causará angústia e desconforto no animal ao ser transportado, por mais cuidado que se tenha. Então, peço encarecidamente a todos, quando for preciso a eutanásia, que o veterinário vá até onde estiver o bichinho.
Faz-se necessário essa despesa a mais para evitar um sofrimento a mais para o animal, além do que ele já estiver passando. No momento mais difícil da vida de um animal precisamos ter forças para ficar junto dele e que ele possa morrer em paz no cantinho dele. Transporta-lo para outro local, é bastante angustiante e desconfortável para ele (sabemos que lidam lidam mal quando saem do seu lar)isso só aumentará o sofrimento do animal. Fica então o alerta.
Clara de Abreu Magalhães
Infelizmente, em muitas situações onde há extremo sofrimento do animal por causa de alguma doença incurável, faz-se necessário a eutanásia (somente quando há sofrimento e a doença for incurável). Mas, precisamos tomar cuidado para evitar um sofrimento maior ainda para o animal no momento da eutanásia.
Alerto a todas as pessoas que amam os animais e que tem animais em suas residências ou abrigos para que a eutanásia seja feita sem que o animal seja transportado para outro lugar. O ideal é que seja chamado um veterinário para aplicar a anestesia geral e depois a injecção letal no próprio local onde o animal estiver. Os bichinhos quando sentem que vão morrer, querem morrer no cantinho deles. Levá-los a uma clínica ou, pior, ao CCZ causará angústia e desconforto no animal ao ser transportado, por mais cuidado que se tenha. Então, peço encarecidamente a todos, quando for preciso a eutanásia, que o veterinário vá até onde estiver o bichinho.
Faz-se necessário essa despesa a mais para evitar um sofrimento a mais para o animal, além do que ele já estiver passando. No momento mais difícil da vida de um animal precisamos ter forças para ficar junto dele e que ele possa morrer em paz no cantinho dele. Transporta-lo para outro local, é bastante angustiante e desconfortável para ele (sabemos que lidam lidam mal quando saem do seu lar)isso só aumentará o sofrimento do animal. Fica então o alerta.
Clara de Abreu Magalhães
17 março, 2010
PPA responde à justificação de Gabriela Canavilhas para a criação da secção de tauromaquia no CNC
Tendo tido conhecimento através de vários órgãos de comunicação social da resposta da ministra da Cultura Gabriela Canavilhas às críticas de que tem sido alvo pela criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura (CNC), o Partido Pelos Animais não pode deixar de contra-argumentar perante aquilo que consideramos declarações verdadeiramente irrisórias para justificar o injustificável.
Afirmar que a secção foi criada para "regular" a actividade tauromáquica é uma clara distorção dos factos e uma tentativa deliberada de induzir em erro os portugueses. Por se encontrar sob a alçada da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, a tauromaquia já se encontra regulada pelo Ministério da Cultura, não havendo qualquer necessidade de uma secção permanente para esse efeito. Compare-se, já agora, essa afirmação com o regozijo dos defensores das touradas após o anúncio da criação da secção, claramente expresso em blogs, sites e outros meios de comunicação. Não há dúvida de que, se há coisa que os profissionais de qualquer sector acolhem de braços abertos, é maior regulamentação...
A acreditar, contudo, nas palavras da Sra. ministra, actividades como a música ligeira, a música clássica, o teatro, o folclore ou os espectáculos de variedades, todas elas com número de espectadores superior ao registado pela tauromaquia (dados das Estatísticas da Cultura, 2008, do INE), também não se encontram reguladas, já que não têm qualquer secção do Conselho Nacional de Cultura a si dedicadas. O teatro e a dança estão incluídos na recém-criada secção das artes, mas as outras áreas mencionadas não merecem qualquer tipo de referência em qualquer das secções actualmente existentes no CNC.
Apreciamos, contudo, a afirmação de Gabriela Canavilhas segundo a qual não tem posição pessoal em relação à tauromaquia. Sendo do conhecimento público que a ministra é aficionada, é com agrado que constatamos o seu embaraço em admitir publicamente essa posição, revelador de que tem noção de que a defesa e promoção da tauromaquia são, cada vez mais, negativamente consideradas pela opinião pública.
O Partido Pelos Animais apresentará brevemente para apreciação em plenário da Assembleia da República uma petição contra a criação da secção de tauromaquia no CNC, já subscrita por mais de 7000 cidadãos, e continuará a lutar pela reversão desta indecorosa decisão, pois torturar animais, seres cientificamente reconhecidos como capazes de sentir dor, não é nem nunca poderá ser visto como uma manifestação de cultura.
Partido Pelos Animais
www.partidopelosanimais.com
Afirmar que a secção foi criada para "regular" a actividade tauromáquica é uma clara distorção dos factos e uma tentativa deliberada de induzir em erro os portugueses. Por se encontrar sob a alçada da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, a tauromaquia já se encontra regulada pelo Ministério da Cultura, não havendo qualquer necessidade de uma secção permanente para esse efeito. Compare-se, já agora, essa afirmação com o regozijo dos defensores das touradas após o anúncio da criação da secção, claramente expresso em blogs, sites e outros meios de comunicação. Não há dúvida de que, se há coisa que os profissionais de qualquer sector acolhem de braços abertos, é maior regulamentação...
A acreditar, contudo, nas palavras da Sra. ministra, actividades como a música ligeira, a música clássica, o teatro, o folclore ou os espectáculos de variedades, todas elas com número de espectadores superior ao registado pela tauromaquia (dados das Estatísticas da Cultura, 2008, do INE), também não se encontram reguladas, já que não têm qualquer secção do Conselho Nacional de Cultura a si dedicadas. O teatro e a dança estão incluídos na recém-criada secção das artes, mas as outras áreas mencionadas não merecem qualquer tipo de referência em qualquer das secções actualmente existentes no CNC.
Apreciamos, contudo, a afirmação de Gabriela Canavilhas segundo a qual não tem posição pessoal em relação à tauromaquia. Sendo do conhecimento público que a ministra é aficionada, é com agrado que constatamos o seu embaraço em admitir publicamente essa posição, revelador de que tem noção de que a defesa e promoção da tauromaquia são, cada vez mais, negativamente consideradas pela opinião pública.
O Partido Pelos Animais apresentará brevemente para apreciação em plenário da Assembleia da República uma petição contra a criação da secção de tauromaquia no CNC, já subscrita por mais de 7000 cidadãos, e continuará a lutar pela reversão desta indecorosa decisão, pois torturar animais, seres cientificamente reconhecidos como capazes de sentir dor, não é nem nunca poderá ser visto como uma manifestação de cultura.
Partido Pelos Animais
www.partidopelosanimais.com
02 março, 2010
28 fevereiro, 2010
Morrer como um touro
O Ministério da Cultura resolveu criar uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura a pretexto de que lidar touros seria uma tradição cultural portuguesa a preservar. Mas a tradição é mais antiga, do tempo em que humanos e animais lutavam na arena para excitar os nervos da multidão com o sangue e a morte anunciada. A piedade, que é um valor mais antigo do que Cristo, veio, na sua interpretação cristã, salvar disto os humanos. Esqueceu-se, porém, dos animais.
Há um momento nas touradas em que o touro, muito ferido já pelas bandarilhas, o sangue a escorrer, cansado pelos cavalos e as capas, titubeia e parece ir desistir. Afasta-se para as tábuas. Cheira o céu. Vêm os homens e incitam-no. A multidão agita-se e delira com o sangue. O touro sabe que vai morrer. Só os imbecis podem pensar que os animais não sabem. Os empregados dos matadouros, profissionais da sensibilidade embaciada, conhecem o momento em que os animais “cheiram” a morte iminente. Por desespero, coragem ou raiva (não é o mesmo?), o touro arremete pela última vez. Em Espanha morre. Aqui, neste país de maricas, é levado lá para fora para, como é que se diz? ah sim: ser abatido. A multidão retira-se humanamente, portuguesmente, de barriga cheia de cultura portuguesa, na tradição milenar à qual nenhuma piedade chegou
Os toureiros têm pose que se fartam (e com a qual fartam toda a gente). Pose de hombre, pose de macho. Mas os riscos que de facto correm são infinitamente menores que a sorte que inevitavelmente espera os touros, que o sofrimento e a desorientação que infligem aos touros para o seu próprio prazer e o da multidão. Dá vontade de dizer que quem se porta assim, quem mostra orgulho de se portar assim, tem entre as pernas, e não apenas literalmente, órgãos bem mais pequenos que aqueles que os touros exibem. Os toureiros são corajosos mas entram na arena sabendo que haverá sempre quem os safe, senão à primeira colhida, então à segunda. Às vezes aleijam-se a sério e às vezes morrem, o que talvez prove que os deuses da Antiguidade são justos, vingativos e amigos de todos os animais por igual. Os touros, esses, não têm ninguém que os vá safar em situação de risco, estão absolutamente sós perante a morte. Querem os toureiros ser hombres até ao fim? Experimentem ser tão homens como eram os homens e os animais na Antiguidade: se ficarem no chão, fiquem no chão. Morram na arena. É cultura. A senhora ministra da Cultura certamente compensará tão antigo costume.
Também era da tradição, em Portugal por exemplo, executar em público os condenados, bater nas mulheres, escravizar pessoas. Foi assim durante milénios. Ninguém via mal nenhum nisso a não ser, confusamente, com dúvidas, as próprias vítimas. Até que a piedade, na sua interpretação moderna e laica, acabou com tão veneráveis tradições.
Que será preciso para acabar com a tradição da tourada? Que sobressalto do coração será necessário para despertar em nós a piedade pelos animais?
- Paulo Varela Gomes (Historiador), “Cartas do Interior”, Público, 27.02.2010, P2, p.3.
Há um momento nas touradas em que o touro, muito ferido já pelas bandarilhas, o sangue a escorrer, cansado pelos cavalos e as capas, titubeia e parece ir desistir. Afasta-se para as tábuas. Cheira o céu. Vêm os homens e incitam-no. A multidão agita-se e delira com o sangue. O touro sabe que vai morrer. Só os imbecis podem pensar que os animais não sabem. Os empregados dos matadouros, profissionais da sensibilidade embaciada, conhecem o momento em que os animais “cheiram” a morte iminente. Por desespero, coragem ou raiva (não é o mesmo?), o touro arremete pela última vez. Em Espanha morre. Aqui, neste país de maricas, é levado lá para fora para, como é que se diz? ah sim: ser abatido. A multidão retira-se humanamente, portuguesmente, de barriga cheia de cultura portuguesa, na tradição milenar à qual nenhuma piedade chegou
Os toureiros têm pose que se fartam (e com a qual fartam toda a gente). Pose de hombre, pose de macho. Mas os riscos que de facto correm são infinitamente menores que a sorte que inevitavelmente espera os touros, que o sofrimento e a desorientação que infligem aos touros para o seu próprio prazer e o da multidão. Dá vontade de dizer que quem se porta assim, quem mostra orgulho de se portar assim, tem entre as pernas, e não apenas literalmente, órgãos bem mais pequenos que aqueles que os touros exibem. Os toureiros são corajosos mas entram na arena sabendo que haverá sempre quem os safe, senão à primeira colhida, então à segunda. Às vezes aleijam-se a sério e às vezes morrem, o que talvez prove que os deuses da Antiguidade são justos, vingativos e amigos de todos os animais por igual. Os touros, esses, não têm ninguém que os vá safar em situação de risco, estão absolutamente sós perante a morte. Querem os toureiros ser hombres até ao fim? Experimentem ser tão homens como eram os homens e os animais na Antiguidade: se ficarem no chão, fiquem no chão. Morram na arena. É cultura. A senhora ministra da Cultura certamente compensará tão antigo costume.
Também era da tradição, em Portugal por exemplo, executar em público os condenados, bater nas mulheres, escravizar pessoas. Foi assim durante milénios. Ninguém via mal nenhum nisso a não ser, confusamente, com dúvidas, as próprias vítimas. Até que a piedade, na sua interpretação moderna e laica, acabou com tão veneráveis tradições.
Que será preciso para acabar com a tradição da tourada? Que sobressalto do coração será necessário para despertar em nós a piedade pelos animais?
- Paulo Varela Gomes (Historiador), “Cartas do Interior”, Público, 27.02.2010, P2, p.3.
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