30 outubro, 2007

Cão morre à fome e sede numa exposição de arte!!! Actualização

ACTUALIZAÇÃO: 24 de Outubro, 2007.
Novos dados relativos à exposição de Guillermo Vargas foram apresentados desde que o caso foi inicialmente tornado público na web. Justin Anthony chamou-me a atenção para um conjunto de reflexões interessantes de Edward Winkleman.
A Galeria Codice, onde a instalação teve lugar, avançou uma declaração de imprensa contendo informação relevante. Aqui estão os factos, tal como adiantados pela directora da galeria Juanita Bermúdez:- A exposição de Guillermo Vargas teve lugar a 16 de Agosto.- Um dos trabalhos presentes consistia na “exibição de um cão faminto que o artista recolheu da rua e que durante a exposição apareceu atado a uma corda de nylon, corda essa ligada a uma outra pregada a uma parede a um canto da galeria”.- “Habacuc baptizou o cão de “Natividad”, em homenagem ao Nicaraguense Natividad Canda (24 anos) que morreu devorado por dois cães Rottweiler numa fábrica de San José, Costa Rica, na madrugada de Quinta-feira, 10 de Novembro de 2005”.- “O cão esteve nas instalações durante três dias (…). Esteve solto no pátio interior durante todo o tempo, com excepção das 3 horas da exibição, e foi alimentado regularmente com comida trazida pelo próprio Habacuc”.- O cão escapou da galeria durante o terceiro dia.- Juanita Bermúdez afirma que tinha a intenção de adoptar o animal no final do evento.- A Galeria Códice lamenta as declarações feitas por Habacuc, “em que ele afirma que era sua intenção deixar o cão morrer à fome, o que é da sua inteira responsabilidade”.- O documento conclui com a seguinte afirmação: “Ao cumprir com informar a verdade dos factos, espero que todas essas mesmas pessoas tivessem elevado também a sua voz de repúdio quando Natividad Canda foi devorado pelos Rottweiler (Al cumplir con informar la verdad de los hechos, espero que todas esas mismas personas hayan elevado también su voz de repudio cuando Natividad Canda fue devorado por los Rottweiler)”. A declaração de imprensa da Galeria Códice entra em contradição com as afirmações de Habacuc, tal como foram referenciadas pelo jornal costa riquenho La Nación; em que o artista recusou confirmar se o cão havia sido alimentado ou se tinha efectivamente morrido. Uma vez que os factos reais são impossíveis de aferir, qualquer especulação é inútil. Isso, no entanto, não retira legitimidade às críticas que recebeu, em particular no que refere à falta de ética do evento. O cão em questão apresentava não apenas sinais de malnutrição mas também de doença de pele. Áreas de pele ulceradas são sintomáticas de possíveis doenças graves nos cães, por vezes contagiosas e em alguns casos indicadoras de condições fatais como a Leishmaniose – ainda mais prováveis em cães abandonados sem medicação.Em conclusão, quando alguém toma um animal à sua guarda, é igualmente responsável pelos seus cuidados. Que tal animal tenha sido usado como objecto de exposição é eticamente inaceitável. O contexto da instalação – um tributo a um homem morto por dois cães – torna-o ainda mais incompreensível. A pretensa associação dos dois factos pelo autor e pela directora da galeria retratam a hipocrisia moral por detrás deste suposto gesto de denúncia.Quanto às afirmações de Guillermo Vargas, são ou um testemunho da sua crueldade ou uma aspiração por publicidade a qualquer custo. Ambos são inaceitáveis e a consequente reacção esmagadora resulta da sua inteira responsabilidade. O direito à liberdade de expressão, na arte como em tudo o resto, não torna ninguém inimputável. Os fundamentos para a petição em curso permanecem, como tal, igualmente válidos.

(informação retirada do blog http://abarrigadeumarquitecto.blogspot.com/)

29 outubro, 2007

Cão morre à fome e sede numa exposição de arte!!!




O artista Guillermo Vargas, mais conhecido por Habacuc, está a dar que falar em todo mundo. O motivo desta atenção não são as suas obras de arte, mas sim o facto de ter deixado propositadamente um cão morrer à fome durante a sua última exposição.
A “Exposição nº1″ teve lugar em Agosto, em Manágua, na Nicarágua. À entrada, os visitantes podiam ler a frase “És o que lês”, seguindo-se um cenário pouco comum: entre as obras do artista estava um cão, faminto e doente, amarrado por uma corda a um canto da sala. Mesmo após alguns apelos dos visitantes para que o animal fosse libertado, o artista recusou-se a fazê-lo justificando que se tratava de uma homenagem a Natividad Canda, um nicaraguense que morreu depois de ter sido atacado por um rotweiller. Ironicamente, o cão acabou por morrer à fome em plena exposição quando o título da amostra estava escrito numa parede através de uma colagem feita à base de comida canina.
Os motivos do artista
“O importante para mim é constatar a hipocrisia alheia: um animal torna-se o centro das atenções quando o ponho num local onde toda a gente espera ver arte, mas deixa de o ser quando está na rua”, justificou o artista ao jornal costa-riquenho La Nación. “O cão está mais vivo do que nunca porque continua a dar que falar”. O caso chocou os defensores dos direitos dos animais, que se juntaram numa petição online para que Habacuc seja excluído da Bienal Centroamericana Honduras 2008, onde deverá ser um dos representantes da Costa Rica. Mais de setenta mil pessoas já assinaram o documento, repudiando o trabalho de Vargas.
Pois bem, nem há palavras para descrever este acto deste “artista”…Vou ao que interessa:

Aqui está o link para a petição online:
http://www.petitiononline.com/13031953/

15 outubro, 2007

O Lilo (des)espera por um lar!







Eu sou o Lilo.

Não queria acreditar quando me vieram buscar. Não queria acreditar quando uma menina me levou pela "mão". Não queria acreditar ao sair daquele sitio, ao ir à rua, ao sentir a brisa no meu pêlo, ao sentir o solinho de Verão, o mesmo Verão que me condenou a mim e a tantos dos animais que estão fechados como eu...Pensei, será desta??? SERÁ MESMO DESTA que encontrei um "dono" a valer para toda a vida??? O meu jovem coração bateu mais forte, inundei-me de vida e de esperança!
Foi tão bom ser passeado, com orgulho, eu olhava para ela, ela olhava para mim e eu sentia-me mais forte, sentia-me transbordar de alegria por estar e me sentir vivo!!! Mas, infelizmente, fui apenas a uma coisa que me disseram ser uma campanha de adopção... e, o fim do dia chegou... com ele a noite, com ele o escuro, com ele a solidão mais profunda. Eu não queria entrar lá novamente... :(
Queria voltar para trás, queria voltar para o sonho daquela tarde de Verão em que voltei a ser feliz e a ter dignidade... Eu não queria voltar. Eu não queria estar aqui...
Desde que seja para me salvar, sei que me levam a qualquer zona do país ;)
Ajudem-me!!!
912 444 152